Mas genealogia porquê?

Em boa verdade, tudo começou porque gosto muito de viajar, de passear e de comer! Portugal é terreno muito fértil para quem tem esse tipo de motivação e, assim, durante os fins de semana, ou sempre que havia oportunidade, adorava fazer pequenas escapadinhas para explorar novos lugares, provar a gastronomia local e descobrir toda a riqueza cultural que o país tem para oferecer. 

Durante algum tempo andei apenas em busca de novos destinos para esquadrinhar, bons pratos para saborear e coisas bonitas para ver. Com o passar do tempo e com o acumular de fins de semana, comecei a achar os destinos menos cativantes e a sentir que o fascínio se perdia. Surgiu-me então a ideia de dar um propósito a esses passeios: visitar as terras de onde eram oriundos os meus avós que, infelizmente, pouco conheci. 

Esse pequeno passo despertou em mim uma curiosidade inesperada e foi decisivo no interesse redobrado que passaram a ter as minhas escapadinhas. De repente a igreja que visitava ganhava outras cores, as ruelas da aldeia por onde passeava pareciam-me encantadoras, o moínho agora transformado em alojamento local era adorável, as festas da Nossa Senhora local eram as melhores de sempre, o casebre agora em ruínas era comovente e a comida do boteco da vila era a melhor que já tinha provado.

Dos meus avós rapidamente passei para os meus bisavós. O que começou por ser uma ideia simples transformou-se numa aventura inesquecível. Passei a explorar os Arquivos Distritais, a descobrir certidões de batismo de paróquias que nem sabia que existiam, e a mergulhar em terras e aldeias muitas vezes esquecidas no Portugal profundo. Cada descoberta trazia-me histórias e uma ligação mais profunda às minhas origens. Percebi que, para além das datas e registos, estava a encontrar o legado das gerações de Marias e Maneis que fizeram parte de mim. Cada aldeia, cada igreja e cada pia baptismal guardavam uma parte da história dos meus antepassados. Viajei de norte a sul, encontrei registos em paróquias centenárias, saboreei pratos típicos nos lugares onde nasceram e viveram os meus familiares, admirei velhas casas onde se abrigaram os meus ancestrais e senti-me mais ligada que nunca às minhas raízes. Esta experiência, para além de me encher o coração, fez-me perceber que havia algo de extraordinário nas histórias das famílias "comuns", como a minha.

Hoje, quero ajudar outras pessoas a embarcarem nesta viagem ao passado. A minha missão é construir árvores genealógicas que honrem as Marias e os Maneis que compõem a história do povo português, sem brasões nem títulos nobiliárquicos. 

Com base em registos de nascimento, batismo e casamento encontrados nos Arquivos Distritais e paróquias, proponho-me documentar e dar forma às suas memórias familiares. 

Porque conhecer as nossas raízes é mais do que aprender sobre o passado – é criar um legado que liga gerações. Vamos começar esta viagem?

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